domingo, 7 de junho de 2009

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Andava nas ruas escuras daquela noite gelada. Mesmo assustado com sua própria sombra, ele só pensava em canções de amor. Não fazia sentido algum. Simplesmente era isso o que tinha na cabeça. E tremendo de frio, sozinho já perto de casa, ele sussurava baixinho: "Me encontre aqui e fale comigo, eu quero te sentir, eu preciso te ouvir..." Enquanto isso seu pensamento ia de encontro à ela.

Já passava das 3 da manhã quando ele chegou em casa. Continuava cantando, agora um pouco mais alto deixando escapar uma lágrima: "Você roubou meu coração e me deixou sem fôlego".
A solidão daquela noite era cruel. O seu coração já não suportava aquela distância.

Quase 5 da manhã quando ele, vencido pelo cansaço, resolve deitar-se. Imagens. Sons.
Seu corpo queria descansar. Mas seu coração doia tanto que ele não pegava no sono.

Os primeiros raios de Sol começaram a aparecer, na janela que ele esqueceu de fechar, e ele ainda revirava em sua cama.

Como pode algo doer tanto assim?

Só depois de ter seus lençóis encharcados de suas lágrima ele consegue dormir. Em fim a paz. Assim devia permanecer. Mas assim seria apenas se a esquecesse...esquecesse...esquecesse...

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