Pois é, queria ter escrito este texto ontem, mas o motivo de não ter feito é o mesmo motivo que o me fez criá-lo: a chuva de ontem (18/01/2011). Um dia aparentemente comum de trabalho até a minha volta para casa. Antes mesmo de sair do trabalho já que a cidade estava em estado de ALERTA devido a preocupação com a chuva que se preparava para cair. Quem não vive em São Paulo talvez não saiba, mas, aqui, qualquer chuvinha causa um problemão. É inundação, trânsito que se torna mais caótico do que já é num dia "normal".
Na saída do trabalho já sentia uma chuva fina, mas quando olhava para o céu dava medo. Muitas nuvens. Nuvens carregadíssimas. De onde sai tanta água??? Por incrível que pareça meu ônibus passou logo e, surpreendam-se, VAZIO! Estava tudo muito bom para ser verdade. Estava...
Próximo de casa recebo a notícia: "Tá tudo alagado aqui na rua. De uma ponta a outra". Não tinha escolha, àquela altura só me restava ir para casa. E quando cheguei...realmente...tudo cheio d'água. Fiquei uns 45min aproximadamente esperando a chuva passar comendo um salgadinho com Coca-Cola com minha amiga.
Complicado essa situação de estar tão perto de casa e não poder passar, mas, para mim, o pior ainda estava por vir. No instante que chego em casa aliviado querendo descansar me desanimei novamente. Cadê a energia elétrica?
Sem luz, sem computador e, até mesmo, sem poder tomar um banho quente. Admito sou completamente dependente dessa vida moderna e ELÉTRICA. Claro que meu problema é pequeno perto de tantas pessoas que perderam suas casas e seus familiares por causa da chuva, mas senti um pouquinho do que é ser refém da vingança, de certa forma justa, da natureza contra o homem que só a maltratou.
No fim das contas, tomei banho gelado, não pude escrever esse texto ontem e ainda dormi cedo obrigado. Agradeço de todo coração por poder ter um lugar que posso repousar tranquilo e peço que olhem pelos que não tem a mesma sorte. Está na hora de todos se mobilizarem. Essa situação não pode continuar.
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