Quase todos os dias na volta para casa encontro no ônibus com uma morena linda. Sempre quando entro ela já está sentada, acredito que deva pegar o ônibus no final (Penha), por isso sempre tem o seu lugar. Toda vez que me vê, pede para segurar minha mochila e eu, claro, aceito. Nas raras vezes que consigo um lugar para me sentar só a vejo no ponto final (Vila Industrial) e sempre dou passagem a ela como um bom cavalheiro (cof cof).
Mas nossa relação se resume a isso, um sorriso, um "oi, tudo bem?" tímido e uma gentileza aqui outra ali. Nada demais. Foi aí que parei para pensar: se a vejo praticamente todos os dias, ela sempre me ajuda e vice-e-versa, como ainda não sei o seu nome? Pegamos o mesmo ônibus e moramos no mesmo bairro e não faço a menor ideia de como se chama aquela bela moça.
Isso já me aconteceu outras vezes com outras pessoas. Estamos tão condicionados a ter pressa, a ser fechado e não perceber as pequenas e boas ações que nos fazem diariamente, que simples coisas vão passando desapercebidas. Se deixasse algumas "regras" que foram inventadas por sei lá quem, sei lá pra que eu, talvez hoje tivesse uma amiga de caminho e tornaria minha viagem todos os dias bem mais agradáveis.
É aquela velha história, não se deve falar com estranhos, mas todos são estranho até o primeiro "oi" a fim de se conhecer, seja homem ou mulher. Está na hora de nos aproximarmos mais. De sermos gentis uns com os outros. Como diria O Teatro Mágico: "Gentileza gera Gentileza".
Um comentário:
Nossa Rafa! Adorei esse texto!
É isso aí" gentileza gera gentileza."
Nos grandes centros urbanos todos nós levamos uma vida prá lá de corriqueira, e devemos aproveitar algumas oportunidades como essa de conquistar novas amizades.
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