terça-feira, 15 de novembro de 2011

No mundo do Beleléu...

Na minha infância, talvez entre uns 5 e 6 anos de idade, ouvi uma história de um tal de reino do Beleléu. Não me lembro ao certo do título, muito menos o autor. A história não lembro muito bem. Mas uma menina que ia parar nesse tal de Beleléu, terra onde parava tudo aquilo que perdíamos no dia-a-dia.
Pensando nisso, fico pensando, se existisse mesmo um lugar desses, certas coisas encontraríamos aos montes. Eu por exemplo, já perdi as contas de quantas tampas de caneta bic perdi. Borracha? Nunca terminei uma. Como disse Fernando Anitelli numa explicação da canção O que se perde enquanto os olhos piscam: "Algumas coisas foram criadas para se perder".
Quando algo vai pro Beleléu, nem São Longuinho encontra. A vida corre de uma maneira que não damos conta das coisas que perdemos, objetos, gestos e sentimentos. Tudo passa. Mas algumas coisas não deveriam passar.
Quantos amigos, quantas piadas, risos e objetos meus já foram parar no Beleléu? Quantas coisas ainda vão parar? Queria ser mais atento, mais disposto. As horas que perdi no mundo das coisas perdidas fazem falta. As palavras que se foram com elas...sem acentos ou pontuação...continuação. Dos olhares discretos, incertos que deixei de lado e se foram, sem que eu visse, sem que ela visse....

Tantas coisas que perdemos, tantas coisas boas. Como diria a canção do Teatro Mágico "Pra onde foi? O canhoto, benjamim de tomada Simpleza, prudência, clareza... consideração! Autenticidade, compaixão, certeza... o perdão. A urgência, carregador de bateria, O extrato, a ponta, a conta nova, a cola e a extensão, O estímulo,o exemplo,a voz dissonante...

A coragem do meu coração!"

Um comentário:

Bia disse...

Gostei Muito do seu texto.
Também li esse livro! =D